

Grupo Modelo, fabricante da cerveja Corona, investirá R$ 20,4 bi no México
O Grupo Modelo, fabricante da cerveja Corona, anunciou, nesta quinta-feira (24), que investirá mais de 3,6 bilhões de dólares (20,4 bilhões de reais) no México, para modernizar suas fábricas e outros projetos.
O investimento da empresa, propriedade da multinacional com sede na Bélgica Anheuser-Busch InBev, segue os anunciados por outras como Walmart, Netflix e o banco espanhol Santander, em meio às tensões comerciais com o governo do presidente americano, Donald Trump.
"Estamos com o México como bons amigos, nos bons momentos e nos maus momentos", disse Raúl Escalante, vice-presidente de assuntos corporativos da empresa, durante a conferência matinal da presidente Claudia Sheinbaum.
Escalante explicou que o investimento será usado para modernizar as fábricas da empresa, que produzem marcas como Pacífico e Negra Modelo, além da Corona.
O Grupo Modelo também buscará investir em embalagens retornáveis e modernizar as quase 300.000 lojas locais que vendem seus produtos.
O anúncio faz parte do Plano México, um projeto do governo de Sheinbaum com o qual se busca aumentar os investimentos no país, bem como a oferta e o consumo local em diversos setores industriais, disse Escalante.
O governo mexicano disse, por sua vez, que, até o momento, foram registrados 1.937 projetos de investimento em diversas indústrias de todo o país, que representarão um valor total de 298 bilhões de dólares (1,7 trilhão de reais).
Nenhum desses projetos foi cancelado, apesar das incertezas por causa das tarifas anunciadas pelo governo americano, disse o secretário de Economia, Marcelo Ebrard.
O México, a segunda maior economia da América Latina, enfrenta uma situação econômica complexa resultante das medidas dos Estados Unidos, seu principal parceiro comercial.
As tarifas que Trump aplicou às dezenas de países excluem, no caso do México e do Canadá, todos os bens exportados sob as regras do acordo de livre comércio T-MEC.
No entanto, tanto a indústria siderúrgica quanto a automotiva, essenciais para a economia mexicana, receberam impostos adicionais.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mexicana contrairá 0,3% em 2025, embora o governo de Sheinbaum esteja confiante em alcançar um crescimento entre 1,5% e 2,3%.
N.Robinson--VC